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Impacto da variação do nível de água no ciclo de vida da macrófita aquática Pontederia cordata var. ovalis (Mart.) Solms, em área alagável do Pantanal Mato-grossense.

Jerry Magno F. Penha1, * , Carolina J. da Silva1 & Irineu Bianchini-Júnior2

1 Departamento de Botânica e Ecologia - Instituto de Biociências - Universidade Federal de Mato Grosso – 78060-900, Cuiabá - MT, Brasil. 2 Departamento de Hidrobiologia - Universidade Federal de São Carlos - Caixa Postal 676 - 13565-905, São Carlos - SP, Brasil.

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RESUMO

Pontederia cordata é uma espécie de macrófita aquática comum em áreas alagáveis do Pantanal Mato-grossense. Três populações da espécie foram estudadas ao longo de 14 meses. O objetivo do estudo foi descrever seu ciclo de vida em áreas alagáveis. Os resultados indicam que características do ciclo vital da espécie variam entre populações que ocupam áreas submetidas a diferentes níveis de estresse hídrico. Indivíduos que ocupam áreas de fase seca acentuada são anuais. Indivíduos que ocupam áreas de fase seca moderada são perenes. Sugere-se que as populações que habitam áreas alagáveis do Pantanal dependem da variação do nível de água para manterem sua diversidade genética (regeneração por sementes).

Palavras chave: Pontederia cordata; ciclo de vida; Pantanal Mato-grossense; áreas alagáveis; conceito de pulso de inundação.

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INTRODUÇÃO

O Pantanal Mato-grossense é uma extensa planície inundável. Em tais ambientes, a enchente (pulso de inundação) é encarada como a maior força seletiva agindo sobre a biota (15). O caráter cíclico da inundação engendra alternância sazonal entre a fase terrestre e fase aquática em um mesmo sítio. A previsibilidade dessa pressão ambiental induz o desenvolvimento de mecanismos adaptativos nos organismos que ocupam tais áreas. Adaptações relacionadas ao pulso de inundação têm sido descritas para vários organismos que habitam áreas alagáveis (2, 9, 13, 14, 26).

Macrófitas aquáticas constituem um dos principais componentes estruturais desses ecossistemas (8). Segundo Crawley (7) organismos produtores podem enfrentar períodos desfavoráveis, através de estratégias que lhes possibilitem tolerar ou evitar as pressões ambientais. Para as macrófitas aquáticas, estratégias adaptativas para tolerar o estresse, p. ex. tolerância a inundação e a dissecação, plasticidade fenotípica; e para evitá-lo, p. ex. resistência das sementes e esporos a inundação e a dissecação, têm sido descritas como formas de garantir a persistência nesses ambientes (16, 18, 20).

 

Em ambientes sujeitos a inundação, a melhor forma de um organismo maximizar sua aptidão e garantir a persistência de seus genes é adotar uma estratégia adaptativa do tipo r (16). Todavia, dados empíricos que suportem esta hipótese são escassos. Nesse sentido, este estudo visa avaliar o ciclo de vida da macrófita aquática (P. cordata), em áreas alagáveis do Pantanal Mato-grossense.

MATERIAL E MÉTODOS

O Pantanal Mato-grossense localiza-se entre os paralelos 16° e 22° S e os meridianos 55° e 58° W. Ocupa, em território brasileiro, aproximadamente 44,21%, dos 380.000km2 da bacia do Alto Paraguai (6). A região está sob influência do sistema climático tropical seco e úmido (24). O ciclo hidrológico é estacional (1, 6). A altitude média é inferior a 200m (3). Solos hidromórficos predominam em 92% da área (4).

O estudo foi realizado na Fazenda Ipiranga, município de Poconé-MT (Figura 1). O local situa-se entre os paralelos 16° 24’N e 56º40’W. A região é formada por extensos campos inundáveis entremeadas por vegetação de cerrado e mata semicaducifólia. O estudo foi conduzido em campos inundáveis.

Figura 1 - Localização da área de estudo, com indicação dos locais de amostragem (A, B e C).

O trabalho foi desenvolvido em três áreas (A, B, C) (Figura 1). Na área A, denominada de área alagável de fase seca moderada, a fase seca restringiu-se a dois meses (agosto e setembro). A área permaneceu alagada durante onze meses, dos quatorze de realização do estudo. O pico da enchente ocorreu em março, 440mm medido na régua (Figura 2). A área B apresenta características hidrológicas semelhantes a área A, porém com fase seca acentuada (seis meses), de meados de junho a meados de dezembro. A área C localiza-se próximo a área A. Todavia, sua maior profundidade, decorrente de retirada de terra para construção de estrada, possibilita permanência da lâmina de água durante todo o ano, assemelhando-a a um lago. Cabe ressaltar que o maior período de alagamento da área A é decorrente do represamento por uma estrada que corta o local. Desta forma, o padrão hidrológico característico da região é o da área B.

Figura 2 - Variação temporal da profundidade da água para a área A. Fazenda Ipiranga, Município de Poconé, MT.

Na área A foi delimitada uma parcela de aproximadamente de 100x50m, na qual todas as coletas foram realizadas. As observações do número de indivíduos e de suas estruturas (folhas, rametes e ramos reprodutivos) foram efetuados por meio de métodos destrutivo e não destrutivo, entre julho de 1992 e agosto de 1993. O primeiro compreendeu a distribuição periódica (entre agosto de 1992 e agosto de 1993) de 10 ou 20 quadrados (cada um com 0,25m2) ao longo de um transect de 50m e a coleta de todos os indivíduos neles incluídos (22). O material colhido foi conduzido ao laboratório, lavado em água corrente, separado de acordo com as estruturas dos componentes e determinado quantitativamente. Os rametes da espécie por permanecerem unidos através de um rizoma curto, possibilitou uma contagem simples. O método não destrutivo compreendeu a observação de 27 indivíduos previamente marcados com fita plástica colorida, distribuídos em 9 parcelas (3 plantas por parcela), entre julho de 1992 e junho de 1993.

Nas áreas B e C foram realizadas observações relacionadas a estratégia de regeneração da espécie (sementes ou rebrotamento). Para a área B o procedimento consistiu em distribuir 10 quadrados ao acaso, cerca de 15 dias após o início da enchente, e realizou-se a contagem de plântulas e rebrotamentos. Para a área C, que possuíu cerca de 100m2, o procedimento consistiu em monitorar, a cada 15 dias, o surgimento de plântulas.

Os resultados apresentados foram obtidos da área A, com algumas exceções que serão destacadas.

RESULTADOS

As populações estudadas foram dependentes de seca periódica para recrutarem suas plântulas. Na área A as plântulas foram recrutadas nas primeiras semanas da enchente em outubro (Figura 3A). Após esse pico da curva de recrutamento, a densidade de plântulas tendeu a diminuir. Novos recrutamentos ocorreram em menor escala até o mês de janeiro (Figura 3 A). Na área B, o recrutamento ocorreu com a chegada da enchente, no mês de dezembro (densidade média de plântulas no início da enchente = 114.m-2). Na área C não houve recrutamento de plântulas (densidade média de plântulas no início da enchente = 0.m-2), apesar dos indivíduos terem produzido sementes (observação pessoal do primeiro autor).

Os indivíduos alcançaram maior densidade de folhas em janeiro (7,76 folhas por indivíduo), cerca de 4 meses após o recrutamento das plântulas (Figura 3 C).

A:

B:

C:


D:

Figura 3 - Densidade média de P. cordata (plântulas e adultas) na área de estudo (A), proporção da população apresentando estruturas reprodutivas (B), variação do número médio de folhas e ramos reprodutivos por indivíduo (C) e de rametes (D), no sítio amostral; Fazenda Ipiranga, Município de Poconé, MT.

A população reproduziu -se durante dez meses por ano. Indivíduos rebrotados que sobreviveram à fase seca como os rizomas, começaram a se reproduzirem em novembro, dois meses após o início da enchente, originando um primeiro pico de produção de ramos reprodutivos (Figuras 3 B e C e observação pessoal do primeiro autor). Para indivíduos originados de sementes, a floração iniciou-se na cheia, 4 meses após a germinação. O pico de frutificação ocorreu entre março e abril (Figuras 3 B e C). Após esse pico de atividade reprodutiva, a fração da população em reprodução tendeu

 

 

a diminuir e, em junho, julho e agosto, o número de ramos reprodutivos que não produziram inflorescências (abortos) tendeu a aumentar (observação pessoal do primeiro autor). As plantas produziram estruturas reprodutivas, inclusive durante a fase seca, agosto (Figura 3 C). O aumento da densidade de ramos reprodutivos coincidiu com diminuição da densidade de folhas (Figura 3 C).

 

O maior número de rametes por indivíduo foi determinado na seca , setembro (Figura 3 D). É provável que o estresse hídrico tenha sido o principal fator determinante da duração de vida dos indivíduos das populações. Na área A, os indivíduos apresentaram menor número de folhas durante a fase seca, 1,65 folhas por planta (Figura 3 C). Nesta, grande parte da população secou e morreu. Alguns sobreviveram na forma de rizomas, rebrotando com a chegada da enchente (densidade de indivíduos rebrotados no início da enchente = 5.m-2 ). Todos os indivíduos da área B morreram no decorrer da fase seca. Esta conclusão baseou-se na ausência de rebrotamentos no início da enchente da área (densidade de indivíduos rebrotados no início da enchente = 0.m-2 ). Não houve alteração visível entre os adultos da área alagada (observação pessoal do primeiro autor). Assim, as populações das áreas A e C foram compostas por indivíduos com ciclo de vida perene. A população da área B foi composta por indivíduos de ciclo de vida anual.

 

DISCUSSÃO

P. cordata é uma espécie de macrófita aquática distribuída por todo o continente americano, de hábito perene e comum em locais úmidos, próximos a rios, riachos, lagos e charcos perenes (12). No Pantanal Mato-grossense a espécie se reproduz por sementes e se propaga vegetativamente. Neste caso os rametes formados (senso 25 e 11) permaneceram unidos pelo rizoma. O genete cresceu em forma de roseta e teve uma estratégia exploratória do tipo falange (phalanx) Esta estratégia foi associada com a manutenção de bons sítios para estabelecimento dos indivíduos (10).

A espécie foi tolerante à variações de umidade, ocupando gradiente de inundação, compreendendo ambientes permanentemente alagados e periodicamente secos.

O ciclo de vida da população foi ajustada a oscilação do nível de água, e dependente de uma fase seca para se renovar. Semelhante isto observou-se para Echynocloa polystachia, um capim semi aquático que habita várzeas da Amazônia Central (20, 21). Porém, E. polystachia somente se reproduz por brotamento.

Há dois relevantes contrastes entre investimento em reprodução por sementes e propagação por botões germinativos, que irão produzir os rametes (17). Recrutamento a partir do banco de sementes permitiu a manutenção da variabilidade genética na população, enquanto que a partir de botões germinativos perpetuou-se os genótipos experimentados e bem sucedidos. Com base nestas observações supõe-se que a modificação do regime hídrico, através do impedimento da variação do nível de água, determinou a redução da diversidade genética da população. Neste caso, é provável que haja extinção da espécie, dependendo do tempo de viabilidade das sementes armazenadas no banco de sementes. Segundo Junk & Piedade (16), muitas espécies de herbáceas que habitam planícies alagáveis do rio Amazonas, próximo a Manaus, também são dependentes da alternância entre a fase aquática e a fase terrestre e "podem não ocorrer, se o pulso de inundação for eliminado".

 

 

O padrão de reprodução, com pico de produção de sementes na cheia, pode maximizar a dispersão de sementes pela água (20).

No Pantanal Mato-grossense observou-se que P. cordata é uma espécie de hábito de vida variável. Em áreas com fase seca acentuada (área B), provavelmente o fator de mortalidade seja independente do tamanho da planta, já que devido a seca todos os adultos da área morreram. Altas taxas de mortalidade de adultos favoreceu a seleção de reprodução precoce (19). Esta determinou um rápido desenvolvimento (5, 7, 19). As gerações são discretas, e o hábito anual, semelparidade e estratégia do tipo r foram favorecidos (Tabela 1).

Tabela 1 - Características do ciclo de vida da macrófita aquática Pontederia cordata, em relação a intensidade da estação seca. Pantanal Mato-grossense, MT.

1 duração da fase seca.

2 traços hipotéticos baseados na literatura (19, 23).

 

Indivíduos ocupando áreas de seca moderada (área A) provavelmente foram sujeitos a um fator de mortalidade dependente do tamanho. Tal afirmativa é corroborada pelo fato da população possuir tendência à translocar matéria para estruturas subterrâneas no decorrer das fases de vazante e seca (18). Indivíduos maiores poderiam translocar mais materiais para os órgãos de armazenamento e, provavelmente aumentar suas chances de sobrevivência. Neste caso, a seleção agiria favorecendo maior investimento na manutenção e menor na reprodução (5, 7, 19) (Figura 3 C). O menor investimento em reprodução no primeiro ano seria compensado pela garantia do sítio de estabelecimento, maior tamanho e maior esforço reprodutivo no segundo ano (5, 7). Nessas áreas, a proporção de indivíduos recrutados através de rebrotamento e a taxa de mortalidade de plântulas devem ser variáveis, havendo como conseqüência a sobreposição de gerações (19). A seleção agiria favorecendo, hábito perene, estrategistas K e iteroparidade (Tabela 1).

Os resultados aqui apresentados sugerem que a predição de que a melhor forma de sobrevivência em áreas alagáveis seja a estratégia adaptativa do tipo r, não é aplicável para a totalidade do gradiente de inundação que ocorre no Pantanal Mato-grossense.

 

 

AGRADECIMENTOS

Aos MS. Marcos E. Coutinho (EMBRAPA-CPAP) e Soraia de A. Ferreira (Dep. Ecologia-UFMT) e aos revisores anônimos, pela leitura e críticas ao manuscrito. Ao Dr. Michael Schessl da Universidade de Ulm, Alemanha, pelo auxílio na revisão da nomenclatura da espécie estudada. À CAPES pela bolsa de mestrado do primeiro autor. Ao senhor João Lousano pelas facilidades fornecidas na área de estudo. Contribuição número 20 do Projeto Ecologia do Gran Pantanal (UFMT/FEMA/MPI), Programa SHIFT (CNPq/ IBAMA/DLR); Cooperação Técnico-Científica Brasil - Alemanha.

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ABSTRACT

The impact of water level variation on life cycle of aquatic macrophytes Pontederia cordata var. ovalis (Mart.) Solms, on floodplains of the Pantanal Mato-grossense. Pontederia cordata is a common specie of aquatic macrophytes in floodplains of the Pantanal Mato-grossense. Three populations of the species were studied for 14 months. The aim of this research was to describe its life cycle in floodplains. The results indicate that characteristics of the life cycle of the species varied between the populations that occupied areas submitted to different level of hydric stress. Individuals

 

that occupied areas in acute draught phases are annuals. Individuals that occupied areas in moderate draught phases are perennials. It is suggested that the populations that inhabit floodplains in the Pantanal depend on the variation of the water level to maintain their genetic diversity (regeneration by seeds).

Key words: Pontederia cordata; life cycle; Pantanal Mato-grossense; floodplains; flood pulse concept.

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